Hoje li um texto muito bom, chamado “Como a sua insegurança é vendida e comprada“, foi publicado no blog Ano-Zero. Um texto muito interessante que me fez parar para pensar um pouco sobre mim mesma e sobre o que afinal de contas eu estou querendo aprender com esse lance de tentar uma vida mais simples.
O autor explica, por meio da proposta do marketing e etc., como são as nossas inseguranças e fraquezas as responsáveis (se é que podemos falar assim) por acabarmos consumindo tanto as coisas que não precisamos. E faz muito sentido.
Constantemente eu tenho vontade de renovar meu guarda-roupa, nunca coloquei isso em prática, mas ainda é uma vontade. Mesmo sabendo que já tenho mais do que preciso. Mas é muito difícil resistir à tentação. E por quê? Afinal, eu não sou uma pessoa que iguala o valor de alguém ao valor do que ela usa, sinceramente não ligo nem um pouco para marcar, nem posso dizer que ando sempre na moda e etc., acho até que tenho muita dificuldade de entender a moda, mas então por que que sempre penso isso? Então pensei que é porque eu sou muito insegura com minha imagem pessoal. Eu sempre acho que estou repetitiva (e pode ser mesmo) , além de não me achar tão bonita e atraente, enfim, as paranoias da vida. Fora a quantidade de críticas que já recebi por vestir isso ou aquilo, o que não ajuda nem um pouco rs.
O texto me ajudou a perceber mais que essas coisas só acontecem porque existem padrões colocados como ideais e difíceis demais de serem alcançados. Um exemplo que logo me vêm à cabeça são as “girls tumblr”, nossa, o que tem de adolescente que quer ser daquele jeito não está escrito no gibi. No texto o autor explica:
Tornou-se lucrativo estabelecer padrões novos e irrealistas, criando uma cultura de comparação e inferioridade, por um motivo simples: quanto mais inferiorizadas as pessoas estão se sentindo, melhores consumidoras elas são.
Por isso, para quem está em busca dessa vida mais simples, menos estereotipada, menos consumista, menos fútil e assim vai, uma das primeiras coisas que devemos nos perguntar talvez seja: “quais são as minhas fraquezas?”
- Por que quero um celular que me dê acesso a todas as redes sociais da melhor maneira? Porque quero me mostrar mais ou saber mais das coisas que estão acontecendo?
- Por que preciso renovar meu guarda-roupa? Eu estou querendo mudar meu estilo ou acumular mais coisas? Será que é porque alguém disse que não estou legal ou porque eu acho que não fico bonita nessas peças?
- Por que preciso comprar mais e mais sapatos?
- Por que eu tenho que comprar estes livros novos? Tem algum problema eu comprar em um sebo?
Enfim… Quando começamos a nos fazer perguntas sobre as razões reais de fazermos algumas coisas podemos identificar nossas inseguranças e assim nos policiar quando estivermos apenas sendo estimulados a ter algo que não precisamos.
E não se engane, não existe isso de a propaganda dizer “seja você mesmo”, quem diz isso já sabe muito bem o que quer que você seja. Quem pode falar isso é só você.
O texto todo está bem aqui.